Existência
Quem sou eu, senão um
vazio perpétuo sem mudança.
A dor, a magoa, a
lágrima engolfando-se em desesperança.
Um ser ébrio na
solidão insolucionável e desvanecida,
O presente, o futuro,
o passado, nada além de uma vida desconhecida.
Quem sou eu, além
deste vórtice de um mundo corrompido,
Mais uma mascara
esquecida no mundo perdido,
Nada mais que carne
jogada aos abutres, AMÉM!
Sou esta existência
ignóbil, ambivalente de um ser de puro desdém.
Quem sou eu, senão o
termo que elucida a própria embriaguez,
O sentimento recluso na
ruptura do coração e sua rigidez,
Certamente, sou o
vácuo que pelo sorriso continuo fica escondido.
Sou o tudo e o nada,
coexistindo na mente insana e falida.
Sim, um ser
exacerbado de valores utópicos sem ponto de partida.
Isso sou eu, a arbitrária
de um vampiro perdido.
Lord Hefer Livian
Cortezion I